segunda-feira, 12 de outubro de 2015

          Eu estava à procura de algo. Calor, conforto, um leve toque de mãos percorrendo o meu rosto. Um "bom dia" ou talvez apenas um "oi". Eu posso afirmar "encontrei você"? Ou preciso questionar? As decepções tomam conta do meu tempo. Uma em seguida da outra, sem pausas. Sentimentos, emoções. Não queria tê-los conhecido. A dúvida é outra que sempre está presente, assim como o medo. Não me importo se você não disser que me quer bem, ou se não disser que sente saudades. Me importo se essas palavras saírem da sua boca sem que às tenha sentido. 
          Então, moço, talvez eu esteja tão cega na procura de um sentimento verdadeiro que sua pequena participação na minha vida seja apenas uma grande ilusão.

sexta-feira, 14 de março de 2014

             Eu podia sentir os pingos finos e gélidos da chuva e o vento até então fraco, como se fossem vários tapas contra o meu rosto, um atrás do outro. O céu escuro, a rua deserta com apenas quatro das nove lamparinas dos postes do quarteirão acesas me deixavam assustada. O meio fio recém pintado de branco estava manchando minha roupa, mas por que eu me preocuparia com uma coisa tão insignificante nesse momento? Eu desejava que aquela chuva pudesse apagar não apenas as marcas de tinta branca da calçada. Aquele sentimento persistia em ficar ali no meu peito. Eu não conseguia distinguir as gotas de chuva das lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas, só podia notar seu gosto salgado percorrendo minha boca. Talvez essa pequena faísca que existe em mim não seja o suficiente para seguir em frente, mas ela ainda era capaz de manter meu sangue fervendo. Mesmo depois de ser deixada, como um último gole de café que, por mais que esteja na xícara de porcelana mais bela e delicada, foi deixado de lado, frio.

sábado, 23 de novembro de 2013

Um Quase Perfeito

     Aqueles beijos, que quando terminam só dão mais vontade de juntar nossos lábios novamente, aqueles abraços que ambos não querem se afastar, aquelas mãos dadas que ninguém quer soltar e aqueles olhares que ninguém desvia. As ofensas, os elogios, os tapas e os sorrisos.
     Acho que tudo isso me faz gostar mais ainda dele e, por mais que eu tente o contrário, não consigo, nem por alguns segundos.
     E tudo isso me faz lembrar do tempo que éramos somente melhores amigos. Não sabia na hora, mas eu amava aquelas briguinhas que tínhamos por bobagens e as piores desculpas que vinham depois.
     Eu amo o jeito que ele me olhava e que me olha, acho que isso já diz tudo sobre nós. Espero que ele sinta o mesmo, só isso. Por que eu estou amando cada segundo. É como se no momento tudo fosse esquecido, simplesmente.
     E digo como sua amiga, eu o amo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Esperar

Principalmente: e não queria ser a que disse isso em voz alta, ou nesse caso escrever, mas acho que tudo teria sido melhor e mais fácil se tivesse segurado aquele "NÃO" por mais algum tempo, até os dois terem deixado desse sentimento. Até tudo se acertar. Anteriormente, ambos tínhamos propósitos: Um correr atrás e, quando mais corria, mais se decepcionava e mais se percebia apaixonado por ela. E ela, que tinha a função de segurar aquilo até ter certeza de que estavam apaixonados o suficiente, pois apressar as coisas não daria em nada.
Tudo que leva tempo é melhor.
Se ela tivesse dito "sim" desde o princípio, onde estariam agora? Bem, ele nunca a teria conhecido bem o suficiente para saber que no fundo daqueles olhos claros e cabelos morenos que não param de ficar em sua boca, não tinha uma grande personalidade, mas sim apenas uma guria, sabe, como as outras, porém, pela qual nunca iria se apaixonar. E ela, que ele seria um ótimo amigo, que sempre sairiam juntos, mas nada demais.E ele não precisava ter feito tudo isso por ela, mas o que eram tudo isso, 5 meses, 6 talvez? Em que nenhum dos dois aguentava mais essa espera...
E essa palavra mágica é o que resta: "esperar", para ver no que que tudo isso vai dar... E quer saber? 
Que se dane no que que vai dar, que os dois aproveitem-se!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Devaneio

        Queria escrever algo. Um cartão, uma carta, um conto, um poema, um verso, um diálogo, uma história. Inspiração, cadê você? Não saia pela porta dos fundos, me dê pelo menos um tchau, até logo, nos vemos em breve. Dispenso seu adeus, prefiro um nos falamos mais tarde. Não sou fã de despedidas, ainda mais quando elas são para sempre. Mas então, lembro-me dos contos de fadas que lia quando criança e todos aqueles "E todos viveram felizes para sempre!", e simplesmente me dei de conta que nem todos eles eram verdadeiros. O que realmente aconteceu com a Bela Adormecida e seu príncipe? Ou com a Branca de Neve e os sete anões? E a Rapunzel, a Cinderela e a Pequena Sereia? Nada é para sempre. E quando olhei para trás, te achei, óh inspiração.